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Lygia Fagundes Telles (1923–2022)

Forfatter af The Girl in the Photograph

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Om forfatteren

Telles was born in Sao Paulo and spent most of her childhood in the small towns of the state. She holds degrees in law and physical education and started publishing in the 1940s when she was very young. Since then, she has published three novels, a half dozen novellas, and seven short-story vis mere collections. In 1969 she was awarded the Cannes Prix International des Femmes for her short story "Before the Green Masquerade." In 1973, The Girl in the Photograph won her various literary prizes. Today, she is considered one of the finest women writers in Brazil and is one of the few women elected to the Brazilian Academy of Letters. (Bowker Author Biography) vis mindre

Værker af Lygia Fagundes Telles

The Girl in the Photograph (1973) 159 eksemplarer
Antes do Baile Verde (1970) 99 eksemplarer
The Marble Dance (1954) 98 eksemplarer
Seminário dos Ratos (1984) 62 eksemplarer
As Horas Nuas (1989) 37 eksemplarer
La structure de la bulle de savon (1986) 34 eksemplarer
Midnight Mass (1977) 32 eksemplarer
Noite Escura e Mais Eu, A (1995) 26 eksemplarer
Os contos (2018) 23 eksemplarer
Tigrela and Other Stories (1986) 17 eksemplarer
Invenção e Memória (2000) 16 eksemplarer
Misterios (1998) 16 eksemplarer
Antologia: meus contos preferidos (2004) 13 eksemplarer
Os Melhores Contos (2001) 11 eksemplarer
Oito Contos de Amor (2006) 10 eksemplarer
CAPITU - 1ª EDIÇÃO (1993) 7 eksemplarer
Antologia: Meus Contos Esquecidos (2005) 4 eksemplarer
A Espera (2021) 3 eksemplarer
O Jardim Selvagem 3 eksemplarer
Professor escritor 1 eksemplar
Sapato de saltos 1 eksemplar

Associated Works

A Hammock Beneath the Mangoes: Stories from Latin America (1991) — Bidragyder — 147 eksemplarer
Other Fires: Short Fiction by Latin American Women (1985) — Bidragyder — 122 eksemplarer

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Tragicidade, Comicidade e Desamor; o Doce-Amargo.
Conto Solto — 4.5 Estrelas — 6pg

(...) como ia pegar um pêlo das injúrias dele pra enlear com o seu e enterrar os dois assim enleados em terra de cemitério?



Inteligente e irônico desde o seu título, “Pomba Enamorada ou Uma História de Amor” é pura idealização, fantasia e delírio; da mais alta qualidade e técnica literária, em uma união de forma — um suspiro longo de (des)amor sem pausas — e conteúdo muito bem arquitetados. A escrita como um todo, na verdade, desde a decisão pela utilização do discurso indireto livre, a dicção e voz das personagens, as manias, coloquialismos e vícios de linguagem que o narrador vai pegando da protagonista, a optação pela fluidez — observada nas vírgulas e na pontuação de quase todas frases, o bloco barra parágrafo único, que engloba todo o conto (e que casa com o conceito da narrativa ser um suspiro narrativo escoante): é tudo tecnicamente soberbo.

Observem, por exemplo, o quanto a Lygia diz com poucas palavras, logo no comecinho:

"Ao ser tirada teve uma tontura, enxugou depressa as mãos molhadas de suor no corpete do vestido (fingindo que alisava alguma prega) e de pernas bambas abriu-lhe os braços e o sorriso. Sorriso meio de lado, para esconder a falha do canino esquerdo que prometeu a si mesma arrumar no dentista do Rôni, o Doutor Élcio, isso se subisse de ajudante para cabeleireira"


O suor e tontura, a passividade e a abertura, a posição social da protagonista: todos esses aspectos vão reverberar e descambar sobre toda a narrativa de alguma forma; a paixão que a tonteia, o suor que representa suas peculiaridades e estranheza, o abrir-lhe dos braços e o sorriso que revela uma franqueza e exposição do desejo inconsumível: vai tudo se repetindo e escalando em proporções tragicômicas.

É arrebatadoramente bem escrito. A linguagem, como disse, preza pelo ritmo, no entanto, outro ponto muito interessa, é a voz, mas não a voz narrativa ou internalizada, a voz como aspecto físico mesmo, a Lygia consegue, de certa forma, emanar do texto as vozes das personagens: gritos em maiúsculas, comentários serenos entre parêntesis — que você sabe ser de um personagem, mas vem como se fossem uma vozinha no fundo do subconsciente; é um recurso interessante e inteligente que funciona muito bem.

Tem seis páginas, mais ou menos, portanto, não vou entrar no campo do enredo. Leia você mesmo. É, por alto, uma história de amor incorrespondido e idealizado; ao ponto de não poder nem mesmo mais ser chamado de “amor de juventude”, pois quando assim o chamamos, o fazemos de um ponto superior, rememorando-o: no caso da Pombinha, ela nada maturou, e ele ficou intocado, como o tempo não tivesse passado, é infantil e estranho, mas não completamente incompreensível. Um tipo de amor em que nega-se você mesmo em função do outro, elevado a décima potência.

Eu li o conto em uma mini-antologia que apresentava, percebi ao terminar, três modos diferentes de se narrar, e me fez atentar que a mera sequenciação e escolha de que contos seguem quais, já nos passam alguns significados e associações. Por exemplo, se "Pomba Enamorada" com sua narrativa fluída, com a sua simbiose de narrador e personagem, sempre prezando pela cadência da sequência de eventos, não fosse precedido do conto "Confissão" do Luiz Vilela, que literalmente não tem narração, é puro diálogo, direto, sem exposição ou descrição, eu provavelmente não teria me atentado tanto a esse aspecto do conto da Ligya. Entende?

Esse contraste salta aos olhos principalmente, pois, esse conto só de diálogo que citei, que supostamente deveria ser mais rápido, torna-se menos fluído, menos ágil e menos rítmico quando defronte do conto da Lygia, que não tem nem mesmo divisão de parágrafos, mas ainda sim é esteticamente muito superior; arrisco, quase perfeito.

É o primeiro de muitos que lerei dela, a partir de agora. Vou correr atrás do prejuízo.
… (mere)
 
Markeret
RolandoSMedeiros | Aug 1, 2023 |
*As horas nuas* Romance magistral da mestra da prosa Lygia Fagundes Telles.
 
Markeret
HelioKonishi | 1 anden anmeldelse | Apr 6, 2023 |
Este livro reúne contos abrangendo um período que vai de 1949 a 1969. Foram extraídos, com exceção dos inéditos escritos em 1969, de quatro livros cujas edições estão esgotadas: O Cacto Vermelho , de 1949, História do Desencontro, de 1958, O Jardim Selvagem, de 1965 e Os Melhores Contos do Brasil, coletânea de trabalhios premiados no I Concurso Nacional de Contos (Paraná), 1969.
São contos escritos no decorrer desses vinte anos e agora emfeixados em ordem decrescente, os últimos serão os primeiros.
Devo acrescentar que foram incluídos neste 2º Edição cinco contos que não oarticiparam da 1º Edição: "Verde Lagarto Amarelo", "Apenas um Saxofone", "Helga", "Um Chá bem Forte e Três Xícaras" e "O Jardim selvagem"
… (mere)
 
Markeret
rvrodrigues | Jun 3, 2019 |
 
Markeret
siriaeve | Jul 20, 2018 |

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