Abraham Cohen (1) (1887–1957)

Interessante livro, que comprei por recomendação de um dos autores de "Como Compreender as Escrituras", que esclareceria algumas das posições e declarações de Jesus que, à primeira vista, seriam ilógicas a nós, mas que à luz do pensamento dos judeus de seu tempo, seriam compreensíveis. Caso da parábola do rico e Lázaro, e da cura do cego com barro feito com saliva. Não encontrei muitas outras referências que viessem a esclarecer outros pontos, mas a leitura foi interessante pelos seguintes motivos:

1) tive contato com o Talmude, obra que muitos pregadores e escritores citam, mas da qual nunca li nada;
2) a Introdução é muito esclarecedora, relatando o histórico do surgimento do Talmude, durante seis séculos, colhendo escritos e tradição oral de muitos rabis;
3) pela descrição do autor de Everyman's Talmud, percebi que esses escritos são muitas vezes contraditórios, antibíblicos, permeado de crendices e tradições humanas etc.
4) Conforme mencionei no primeiro parágrafo, certos episódios dos evangelhos ganham nova luz ao se compreender melhor o modo de pensar do judeu do primeiro século.
5) Não é necessário ler o Talmude completo, o que demandaria tempo excessivo para quem tem muitos outros interesses. Assim, uma obra que resume o principal e oferece uma vista geral do que são esses escritos é muito bem vinda.

Agora, minha motivação para nunca me empenhar na leitura do Talmude unabridged: Ellen G. White disse no Desejado (p.59) que "Jesus did not interested hinself in thes matters (rabinical laws). The Scriptures of the Old Testament were his constant study, and the words, 'Thus saith the Lord', were ever upon his lips". Desta forma, a leitura do "resumo" de Cohen foi interessante, mas não pretendo me dedicar ao seu estudo minucioso, pois foi justamente isso que Jesus evitou. Ele tinha conhecimento geral da cultura judaica, o que lhe era suficiente para entender a mente dos judeus, e poder utilizar argumentos eficazes para alcançar os corações deles. Mas apenas isso. Jesus não frequentou as escolas rabínicas, pois seria perda de tempo. Dedicou todos os seus trinta primeiros anos ao estudo da Palavra de Seu Pai, o Velho Testamento que, juntamente com o Novo, são produto da mente divina, portanto, muito mais elevados do que nós, de forma que só podem elevar quem se dedicar ao seu estudo e compreensão.… (mere)

I took an incredibly long time to read this. I guess I have a hard time maintaining interest in books that offer a distillation of the ethical teachings of religious texts, because those teachings are largely what I would have assumed them to be from the beginning. This is a very detailed and informative work, just not one that I found very engaging to read. It did pick up toward the end with the sections on folklore and magic, jurisprudence, and eschatology, which were the subjects I was most interested in.

Cohen maintains a fine balance between scholarship and apologetics, which also puts me off a little: I don't need to be convinced that rabbinic Judaism is worthy of my respect, and I'm intrigued by many of the talmudic statements that seem to make Cohen uncomfortable. He tries to dampen many extracts that do not seem to mesh with his worldview, but to his credit he does not leave them out.

While I found this book to be a bit dull, it served as an excellent introduction to the subject. I am glad to have tackled it because I now feel ready to move on to more interesting studies on the Talmud and rabbinic Judaism.… (mere)